Aceitar uma luta sem tempo adequado para se preparar é motivo de
elogios. E, por conta disso, é que Wanderlei Silva exaltou a postura de
Anderson Silva, campeão do peso médio, responsável por “salvar” o card
do UFC Rio 3, programado para 13 de outubro. Em entrevista à TATAME, o
“Cachorro Louco” analisou a principal luta do UFC na Cidade Maravilhosa e
enalteceu o adversário de “Spider”, que não fugiu do desafio mesmo
sabendo que terá a torcida brasileira a favor do anfitrião.
“Eu
botei fé no Anderson. Ele me surpreendeu. As pessoas estão falando do
Bonnar, mas ele é um palmo mais alto que eu, e desce seco de categoria. É
perigoso e merece respeito. Treinei com ele alguns anos atrás. Está
sempre no shape e aguentou o Jon Jones até o final. Dou todos os méritos
ao Anderson, que aceitou um cara duro em cima da hora. Tiro o chapéu
para o Anderson. Ele chamou a ‘responsa’ de campeão”, disse Wand, que
marcará presença no evento.
“Não perco por nada. Pedi ao Dana White para me dar o assento bem atrás do dele, ali no A1 ou A2, colado no octógono”.
Sem
saber quando retorna ao octógono, Wanderlei Silva, que perdeu para Rich
Franklin, dia 23 de junho, no UFC BH, torce para que seja novamente em
uma edição no Brasil.
“Todo o apoio que tive da torcida foi algo
que nunca senti. No treino aberto na praça, estava no gás, tanto que fiz
25 minutos. Senti tanto a pressão na praça que deu até canseira. O
público mexeu comigo, a rapaziada foi muito legal. Quando pintar a vaga,
quero estar dentro. A torcida brasileira não tem igual”.
Em sua
próxima atuação, Wanderlei terá um desfalque de peso em sua torcida. O
lutador perdeu o pai, vítima de um acidente de carro, em agosto.
“Aprendi
com isso que essa rapaziada que tem bronca com o pai, tem que tentar
resolvê-la antes que ele vá embora. Se ficar algo mal resolvido, putz… É
hora de falar desculpe, estou errado ou desculpá-lo e se abraçar. Pai e
mãe a gente só tem um”.
Vitor Belfort x Jon Jones
Wanderlei
Silva não esconde a rivalidade com Vitor Belfort, com quem já lutou e
travou discussões acaloradas no TUF Brasil, no qual ambos foram
treinadores. Apesar disso, o “Cachorro Louco” afirmou ter torcido para o
compatriota diante de Jon Jones, no UFC 152.
“A luta foi boa.
Torci para ele finalizar, mas o Jones conseguiu sair da posição. Fiquei
esperando o Vitor finalizar. Na verdade o Vitor só se tocou no terceiro
round, que poderia ter explodido antes, com o cara mais fresco. Ele
poderia ter tomado a iniciativa para surpreender, mas acho que se
apresentou bem, ofereceu perigo e mostrou um caminho bom para ganhar do
adversário. Se houvesse outra luta, sabendo o que poderia ter feito,
acho que o Vitor se sairia melhor. De repente, ele respeitou muito o
campeão. Méritos para o Jones também, que entra bem na queda e o colocou
do jeito que quis”, declarou Wand, que ainda não desistiu de encarar
Belfort e Chael Sonnen. “Eu tenho vontade de lutar contra os dois. A
vontade é igual”.
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